Foi hoje decidido em reunião da Câmara Municipal de Ponte da Barca a nova distribuição de pelouros do executivo, isto após a entrada de Inocêncio Araújo, como vereador a meio tempo. Além disso, foi comunicado pelo autarca barquense Augusto Marinho, a rotatividade do cargo de vice-presidente, que agora será ocupado por José Alfredo Oliveira, em detrimento de Maria José Gonçalves e que o cargo irá passar por todos os vereadores.
Sobre a nova distribuição dos pelouros, o autarca barquense explicou que a “redistribuição teve por base a entrada de Inocêncio Araújo e houve necessidade de uma nova organização das áreas de actuação de cada vereador. Tinha já dado obviamente nota a todos e o que se espera é que a partir de agora possamos trabalhar naquilo que são as necessidade de desenvolvimento do concelho.”.
Sobre esta mudança, o vereador socialista Ricardo Armada afirmou que estava “uma confusão” e existiam vereadores “com as mesmas áreas de actuação”. Em resposta, o autarca barquense, salienta que todos os pelouros são “se cruzam” e por isso mesmo “este executivo é uma equipa”. Já Pedro Sousa Lobo (PS), questionou a legalidade destas alterações, ao que o autarca respondeu que caso não fosse legal nem sequer teria ido a reunião do executivo.
Ainda sobre os pelouros o autarca destacou a criação do pelouro da diáspora, que será da sua responsabilidade e que visa criar “uma maior aproximação com as comunidades” em vários aspectos.
Quanto à questão da vice-presidência o autarca explicou que com isto quer “dar um sinal claro a todos que a minha confiança em todos é a mesma. Esta função ao ser atribuída a todos os vereadores com pelouro da um sinal que o executivo esta coeso e procura trabalhar para o desenvolvimento do território.”
Questionado sobre se esta decisão está relacionada com as recentes queixas da anterior vice-presidente Maria José Gonçalves, o autarca afirmou que “nunca houve retirada de força a ninguém, já conversamos, colocamos o interesse municipal à frente, o que importa agora é seguir em frente e nisso estamos unidos para desenvolver Ponte da Barca. A rotatividade em principio será um período de 6 meses e para todos os vereadores.”
Por seu lado, Ricardo Armada (PS) salientou que considera que esta decisão mostra que o autarca “sentiu desconforto em relação às opções” recentes “de Maria José Gonçalves” e que “lhe retirou a confiança”. Já Pedro Lobo (PS), afirmou que a justificação dada pelo autarca mostra “que continua a não querer falar a verdade” e que na sua opinião “a verdade nada tem a rotatividade”.
Quanto a Maria José Gonçalves, acerca das recentes notícias que têm vindo a público que dão nota de algumas divergências com o autarca, a vereadora salientou que fez “à comunicação social o ponto da situação, coube ao Autarca fazer a avaliação, de que resultaram as alterações apresentadas aqui e cabe agora aos barquenses fazer as suas leituras”, salientando que continua a reiterar quatro “palavras essenciais, a liberdade, a verdade, a decência e o compromisso.
“Agora é um outro tempo e agora vamos dar uma oportunidade. Sou uma mulher de fé, que acredito nas pessoas, que as vezes erramos e acredito na mudança. Nessa perspectiva que espero que as coisas evoluem.”, afirmou ainda Maria José Gonçalves.
Redistribuição dos pelouros:
Augusto Marinho
- Administração Geral;
- Desenvolvimento Económico, Ambiente e Obras Públicas;
- Juntas de Freguesia e Associações;
- Cultura e Turismo;
- Habitação social;
- Diáspora;
Maria José Gonçalves
- Educação
- Desporto;
- Apoio Social;
- Arquivo Municipal,
- Toponímia;
- Transportes;
José Alfredo Oliveira
- Assuntos Jurídicos;
- Contencioso Administrativo;
- Modernização Administrativa;
- Gestão da Qualidade;
- Gestão de Sistemas de Informação;
- Fundos Comunitários;
- Juventude;
- Fiscalização Municipal;
- Cemitério Municipal;
- Feria Municipal;
José António Costa
- Saúde
- Lazer;
- Tempos Livres;
Inocêncio Araújo
- Protecção Civil;
- Obras Particulares;
- Gestão do Património Municipal;
- Agricultura e floresta;
- Inserção no mercado de trabalho;