As notícias sobre as investigações da Polícia Judiciária na Câmara Municipal de Ponte da Barca, no âmbito da Operação Éter, ligada à entidade do Turismo do Porto e Norte de Portugal, provocaram nova troca de acusações entre os PS e PSD de Ponte da Barca.

Em reacção, às declarações dadas pelo autarca barquense Augusto Marinho à Barca FM, em que deu nota que estiveram na autarquia “dois agentes da Polícia Judiciária” a realizar uma busca “sobre a empreitada que diz respeito à nossa Loja de Turismo”, inaugurada no ano de 2013. Os inspectores estiveram a ver “o procedimento da aquisição de equipamento, da empreitada e levaram todo o processo”, algo que está relacionado “com a operação que envolve a Entidade do Turismo de Porto e Norte de Portugal”, explicou ainda o autarca. “Estamos a falar de um período entre 2012 e 2013”, referiu o autarca, que assegurou ainda “toda a colaboração com os inspectores” e agora “aguardamos o desfecho com toda a naturalidade, sendo que o actual executivo nada tem a ver com este processo”, referiu ainda o autarca barquense.

PS acusa autarca de “discurso pouco claro de lançamento de suspeições”

Em comunicado o Partido Socialista, afirma que é necessário “esclarecer aquilo que o Sr. Presidente, enquanto representante do Município e de todos os barquenses tinha obrigação de fazer e não fez”. No comunicado pode também ler-se que “este é um procedimento perfeitamente normal para ajudar a investigação em curso, e que está a decorrer em todos os municípios da área de influência da Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal”.

“O Sr. Presidente da Câmara esqueceu-se ainda de dizer nas declarações que fez à Barca FM que no caso do Município de Ponte da Barca a aquisição do material foi feita por concurso público e não por ajuste directo, aliás prática que este executivo usa e abusa.”, pode ainda ler-se na nota publicada. O PS afirma ainda que “lamenta esta postura que revela mais uma vez tentativa de influenciar a opinião pública, denegrindo a imagem do anterior executivo, lançando nuvens de fumo num discurso pouco claro de lançamento de suspeições”.

PSD “estranha nervosismo e a tentativa de interversão dos factos”

Posteriormente, foi a vez do Partido Social Democrata também reagir, em comunicado, manifestando a sua estupefação” pelo “nervosismo e reações calorosas dos Vereadores do PS após confirmação pública por parte do Presidente da Câmara sobre investigação da PJ à Câmara Municipal no âmbito da Operação Éter”.

Para os sociais democratas, o edil barquense “fez aquilo que lhe competia ao informar todos os vereadores em reunião de câmara” de que a PJ “tinha feito buscas nos Paços do Concelho” para “ recolher todas as informações relativas a contratos relativos à empreitada e aquisição de equipamentos referentes à Loja de Turismo celebrados em 2012 e 2013, nomeadamente todos os elementos em que tenham tido intervenção por parte da Entidade do Turismo do Porto e Norte de Portugal e do então Presidente que se encontra preventivamente detido.”

O PSD de Ponte da Barca afirma ainda que “estranha”, o “nervosismo e a tentativa de interversão dos factos por parte dos vereadores do Partido Socialista” já que o autarca barquense apenas “fez o que lhe competia em prestar toda a informação às autoridades policiais e prestar informação junto da população para cabal esclarecimento.”, pode ainda ler-se na nota publicada.

 

 

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