Um monumento erigido em Ponte da Barca para honrar os seus naturais que morreram em combate na Primeira Guerra Mundial foi ontem inaugurado no Largo Heróis da Grande Guerra, na passagem do centenário da batalha de La Lys (ocorrida a 09 de abril de 1918), considerada a mais sangrenta das batalhas em que soldados portugueses estiveram envolvidos. O Município de Ponte da Barca prestou assim reconhecimento público a todos os barquenses que tombaram na Primeira Grande Guerra, numa cerimónia emotiva precedida por uma missa em memória dos combatentes e com Guarda de Honra pelos militares do Regimento de Braga.

Na batalha de La Lys foram três os barquenses que perderam a vida: Domingos Cerqueira (Lavradas), João de Sousa (Grovelas) e José Maria Fernandes Júnior (Ponte da Barca), mas ao todo foram vinte e seis os barquense que tombaram na Primeira Guerra Mundial, como lembrou na ocasião o Presidente da Câmara, Augusto Marinho: “foi em defesa da nossa soberania, dos nossos valores que vinte e seis barquenses perderam a vida pelo que é nosso dever preservar e manter viva a memória histórica dos atos praticados por uma gesta de portugueses.”

Foi com este propósito que a Câmara Municipal de Ponte da Barca decidiu assinalar o Centenário da Batalha de La Lys, como forma de manter viva a valentia e bravura dos milhares de portugueses que nela participaram, mas, de forma muito particular os corajosos barquenses: “as lições humanas, morais e éticas que a Grande Guerra encerra não podem ser esquecidas, pelo que se torna um dever evocarmos e homenagearmos todos aqueles que nela estiveram envolvidos”, salientou autarca barquense.
Augusto Marinho defendeu, ainda, que evocar e homenagear estes soldados é “um ato de justiça para com o passado, é um ato de reconhecimento no presente e é, também, uma forma de prevenirmos o futuro.”
O Memorial agora inaugurado pretende simbolizar o sacrifício dos barquenses que serviram o seu País em tempo de guerra, lutando pela sua independência, pela paz e pela liberdade. Através deste Memorial é intenção do Municipal perpetuar a lembrança de avós e bisavós e o apego aos valores que nos unem, ficando assim estabelecida uma relação sentimental entre os barquenses de hoje e a memória daqueles que, na Grande Guerra, lutaram e deram a vida pela sua Pátria, assegurando que eles não serão esquecidos.

Soldados Barquenses que tombaram na Primeira Grande Guerra

António Gomes Armada – Ruivos
António José Ribeiro – Lindoso
António Martins – Oleiros
António Rodrigues Gomes – São Tomé do Vade
Augusto Gomes de Brito – Bravães
Avelino António da Silva – Bravães
Carlos Augusto Pinheiro de Almeida – Grovelas
Celestino Júlio Dias – Germil
Custódio José da Cunha – Bravães
Domingos Cerqueira – Lavradas
Francisco Gonçalves – São Tomé do Vade
Francisco Rodrigues – Crasto
Francisco da Silva – Sampriz
João Afonso Rodrigues – Sampriz
João de Sousa – Grovelas
José Gomes – Bravães
José Maria Cerqueira – Vila Nova de Muía
José Maria Fernandes Júnior – Ponte da Barca
Manuel Alexandre Mendes – Bravães
Manuel António de Sousa- Oleiros
Manuel de Jesus Monteiro – Vila Nova de Muía
Manuel Joaquim Rodrigues – Santa Maria de Azias
Manuel Pereira – São João Batista de Vila Chã
Severino Joaquim Pereira – Britelo
Tomás José da Costa – Oleiros
Tomás José Vieira – Oleiros

Categorias: Noticias