Teve ontem lugar, na Casa da Cultura de Ponte da Barca, a apresentação pública da revisão do Plano Estratégico de Desenvolvimento de Ponte da Barca, que contou com a presença do Secretário de Estado das Autarquias Locais, Carlos Miguel.
Como o autarca barquense Vassalo Abreu explicou, a autarquia decidiu “fazer um plano estratégico de desenvolvimento”, quando chegou à Câmara Municipal, agora foi feita “uma revisão desse mesmo plano”. O edil barquense explicou ainda que “há cerca de 2 anos” se começou “a preparar, com todas as forças do concelho, a revisão” e ontem “foi feita a apresentação daquilo que pretendemos que seja feito até 2025”. No total, este plano apresenta 103 propostas a implementar em Ponte da Barca. Vassalo Abreu afirmou ainda que a ideia foi “fazer de Ponte da Barca um destino turístico de excelência, fazendo o aproveitamento da maior riqueza que é o Parque Nacional da Peneda Gerês(PNPG)” e também “reforçar o eixo Barca-Arcos”, assim o objectivo passa por “desenvolver o concelho com base nestes pressupostos nos próximos anos”.
O Secretário de Estado das Autarquias Locais, Carlos Miguel, admitiu que “não há um conhecimento total do poder central relativamente ao poder local”. Além disso, um dos “grandes objectivos do actual governo passa por uma descentralização do poder central para o poder local, pois podemos assim ter uma uma melhor gestão do território”. Sobre a gestão do PNPG, a ideia passa por “os municípios terem uma participação na gestão do parque, pois sabem melhor que ninguém quais as necessidades, sempre com as demais entidades competentes”. Sobre este planeamento, o membro do governo, afirmou que “sem este tipo de planeamento fica muito mais difícil” desenvolver um concelho.
O coordenador da equipa que reviu este Plano Estratégico de Desenvolvimento, Rio Fernandes, admitiu que “3/4 das medidas” do plano original “já foram concretizadas”. Falou igualmente de uma das medidas mais “ambiciosas” mas que acabou por não se concretizar, como foi a construção de “um parque industrial em Lavradas”, que pudesse ser articulado, com o de Padreiro (Arcos de Valdevez) e Gemieira (Ponte de Lima), defendendo no entanto, que esta deve ser uma “ambição futura” e salientando que a construção da ponte de Lavradas foi já um enorme passo. No que diz respeito ao essencial da economia, Rio Fernandes, explica a ideia “deve passar, não por criar parques industriais, mas sim criar empresas, que trarão mais riqueza”. O coordenador deste plano, defende ainda que a riqueza passa por desenvolver recursos existentes, pois “a médio prazo a maior riqueza são as pessoas, seria óptimo que as pessoas fossem qualificadas e desejassem permanecer em Ponte da Barca” pois a “ligação à terra é fundamental”. Para isso “é essencial ter a ambição de ser um local atractivo e fixar as pessoas.