O PCP informou, esta segunda-feira, ter questionado o Ministério do Ambiente sobre o abate de carvalhos e sobreiros no concelho de Ponte da Barca, em área do Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG), no âmbito da estratégia de prevenção de fogos florestais.

No requerimento enviado ao Governo, a deputada comunista Carla Cruz denunciou que o abate “foi efetuado por uma empresa que estava ao serviço da EDP, sem que tenha havido um acompanhamento por parte dos técnicos do PNPG, tratando-se de arvoredo com necessidade de proteção, poderia e deveria ser garantida a preservação do mesmo, o que merecia a presença dos referidos técnicos, por forma serem considerados outros critérios específicos de gestão de combustíveis, nomeadamente, a poda”.

Carla Cruz acrescentou que o caso foi reportado ao PCP pela Associação dos proprietários do Monte da Ermida, Lourido e Froufe, em Ponte da Barca, e que o abate das árvores autóctones visou a criação de redes secundárias de faixas de gestão de combustível.

“A Associação sabe que o PNPG deu autorização para o abate, mas, admitem que se tivesse havido acompanhamento dos técnicos do Parque talvez fosse possível salvar algumas árvores, tendo-se optado pela poda e não pelo abate”, sustenta o PCP.

No requerimento enviado ao Ministério do Ambiente, a deputada comunista quer saber se o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e o PNPG têm conhecimento da situação, se autorizaram o abate e quais as competências das duas entidades no acompanhamento da limpeza da rede secundária das faixas de gestão.

Carla Cruz pediu ainda explicações ao Governo sobre as razões da ausência de técnicos do PNPG durante aquela ação e que medidas irá tomar para garantir esse acompanhamento no futuro.

O PCP quer ainda saber se o Ministério do Ambiente tem conhecimento da presença de “uma mancha muito expressiva de erva-pinheira”, uma espécie invasora, no rio Froufe, afluente do rio Lima, em Ponte da Barca.

“De acordo com as informações prestadas, a presença desta espécie invasora não se restringe a esta parte do Rio Froufe, mas, atinge as albufeiras de Lindoso, Soajo e Touvedo/ S. Jorge. Foi, igualmente, afirmado que associações ambientalistas já comunicaram ao Ministério do Ambiente desta contaminação, tendo recebido a informação que o Governo estava em contacto com as autoridades galegas. Porém, desconhece-se se houve qualquer tipo de intervenção”, reforça o requerimento do PCP.

Carla Cruz pretende ser informada sobre as medidas que o Governo vai tomar, através da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), para monitorizar e controlar esta espécie nas albufeiras e rios portugueses e, particularmente, no rio Froufe.

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