Foi na Casa da Cultura de Ponte da Barca que decorreu na passada terça-feira a conferência “Por um Alto Minho mais verde”, no âmbito do Ciclo de Conferências “Alto Minho 2030: Balanço 2014-2020, Perspetivas & Propostas de Ação”, promovido pela CIM Alto Minho.

Contando com um riquíssimo painel de especialistas, dos quais faziam parte Inês Costa, Adjunta do Gabinete do Ministro do Ambiente, Inês Andrade, Diretora da ARH Norte – Agência Portuguesa do Ambiente, Ricardo Aguiar, da Direção Geral de Energia e Geologia, Mário Reis, Chefe de Divisão da Conservação da Biodiversidade do Instituto Conservação da Natureza e das Florestas, Orlando Borges, Presidente do Conselho de Administração da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos – ERSAR, Rui Silva, Administrador Delegado da ValorMinho/ Resulima, e Bruno Caldas, da Comunidade Intermunicipal do Alto Minho, e com a presença dos autarcas do Alto Minho e do Secretário de Estado Adjunto e da Mobilidade, José Mendes, a iniciativa teve como foco principal de discussão os riscos das alterações climáticas, o que tem motivado debates sobre o tema em todos os 10 concelhos da área de intervenção. Em discussão estiveram ainda, entre outros temas, a transição de energias mais limpas, o Plano de Ação para a Economia Circular e gestão e valorização de resíduos.


Augusto Marinho, Presidente da Câmara Municipal de Ponte da Barca, que procedeu à sessão de abertura, referiu que é de extrema importância colocar os municípios a debater as questões relacionadas com a proteção do ambiente: “deste debate sairão linhas de atuação que importarão tomar em linha de conta na elaboração das políticas públicas, para que haja correspondência entre as necessidades dos territórios e as políticas desenhadas”, disse na ocasião o autarca barquense.
O edil destacou, ainda, algumas ações de defesa do ambiente que estão a decorrer no concelho barquense: “acabamos um projeto de limpeza de margens dos rios, temos a reposição de espaços degradados, como as antigas saibreiras e procuramos aliar a preservação ambiental e a sustentabilidade”.

Por sua vez, Jorge Mendes, vice-presidente da CIM Alto Minho frisou, que a região está entre os 100 melhores destinos sustentáveis do mundo. No entanto, ainda há algum trabalho a fazer. “Temos de continuar o nosso trabalho para vencer os desafios do futuro. O Alto Minho terá que preparar, adequadamente, a resposta aos desafios associados às alterações climáticas, principalmente as resultantes dos fogos florestais”.

Já o secretário de Estado Adjunto e da Mobilidade, José Mendes, que procedeu ao encerramento do encontro, deu nota que Portugal “fez o trabalho de casa” em matéria de defesa do ambiente, e apontou algumas metas a atingir até 2030. Entre essas metas estão a redução das emissões de dióxido de carbono (CO2), a aposta na utilização das energias renováveis, a implementação de políticas de mobilidade sustentável e a redução da velocidade dos veículos automóveis para 30 quilómetros por hora no interior das localidades.

Em matéria de mobilidade, o governante considerou que os municípios do Alto Minho têm feito uma boa aposta: “a CIM Alto Minho está apostada no transporte flexível. É uma solução muito boa para as zonas de menor densidade populacional”. José Mendes anunciou também que até ao fim do ano serão instalados, em todo o país, mais 400 postos de abastecimento de eletricidade para automóveis.

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