Esta quinta-feira teve lugar mais uma reunião do executivo municipal de Ponte da Barca.

O destaque vai para o chumbo da proposta de aprovação das obras de urbanização do Loteamento da Nóbrega, junto ao campo de futebol. A proposta contou com os votos a favor de Augusto Marinho, José Alfredo Oliveira e Inocêncio Araújo, mas os votos contra dos restantes vereadores acabou por chumbar a proposta.

A proposta explicava que o loteamento previa a composição de um total de 24 lotes e o terreno seria vendido em hasta pública por um valor mínimo de 337 mil euros. Dos 24 lotes previstos, 22 destinavam-se à construção de moradias unifamiliares e os restantes 2 lotes ficariam para o município. 

Na reunião, o autarca começou por explicar a proposta e afirmar que a mesma “resulta de dois motivos, primeiro um problema habitacional que há no concelho” com a ausência de casas para habitar. Por outro lado, a autarquia “aproveita para fazer um arranjo urbanístico daquela zona”.

De seguida, o vereador socialista Ricardo Armada, afirmou que os lotes “não era acessíveis a casais jovens” como dizia o autarca e que apenas “é acessível ao empreendedor” das habitações. O socialista afirmou ainda que o autarca “não pode garantir que vai ser barato para as pessoas” e questionou ainda que iria “infraestruturar o espaço”, ao que Augusto Marinho respondeu que seria o Município e que teria um custo “entre 80 a 100 mil euros”, com a construção de “dois acessos” ao loteamento.

Pedro Sousa Lobo, afirmou que iria votar contra a proposta, por não concordar com o modelo da mesma, questionando porque “não se estabelecia um valor máximo para a venda das casas”. O socialista questionou porque razão “o projeto fala em infraestruturas para 106 fogo habitacionais e são apenas 22”.

Pedro Sousa Lobo criticou ainda o executivo “por apregoar uma coisa e fazer outra”, dizendo que a maioria “dos jovens casais não consegue fazer este tipo de casas” e afirmou ainda que “a carência de habitação no concelho não se resolve com loteamentos”, pois para isso “é necessário ter uma estratégia e não andar a vender terrenos ao desbarato”.

As vereadoras Maria José Gonçalves e Fernanda Marques, também votaram contra, concordando com as críticas feitas pelos socialistas. Maria José Gonçalves acrescentou que este era “um mau negocio para o município, uma má aposta e que vai lesar o município” e que se o “objetivo é responder às necessidades de habitação isto não responde”.

Fernanda Marques criticou o executivo por dizer que “vai vender casas a um preço acessível aos jovens casais mas nada prevê isso” nesta proposta.

O autarca Augusto Marinho justificou ainda que tinha referido que eram “preços acessíveis porque os lotes eram de dimensões reduzidas e mais pequenos que o normal”. Salientou ainda que “houve uma preocupação com o arranjo urbanístico, senão vendia-se o terreno e quem quisesse fazia o que queria.”. Acusou ainda os vereadores de fazer “malabarismo político” com este assunto.

A proposta acabou mesmo por ser chumbada.

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