A Assembleia Municipal de Ponte da Barca, reuniu no passado dia 31 de Maio, no auditório da Epralima, numa sessão em que foram aprovados diversos apoios a juntas de freguesia do concelho. Foram ainda abordados alguns temas no período antes da ordem do dia, como os atrasos nas zonas empresariais ou a questão da habitação.

O deputado da CDU, Afonso Graçoeiro, no período antes da ordem do dia questionou o autarca acerca das descargas da ETAR de Oleiros, que continuam  a acontecer e que a autarquia precisa tomar uma atitude. O deputado da CDU perguntou ainda se a autarquia iria cumprir a lei relativamente à gestão de combustíveis e fazer o papel dos proprietários que não o fizeram.

Em resposta ao deputado comunista, Augusto Marinho, referiu que o executivo “tem sido incansável na denúncia e tem feito várias queixas” às entidades competentes e segundo lhe foi transmitido “a ETAR precisa de obras”.

Por seu lado, a deputada do PS Irene Dantas teceu críticas ao Jardim da Magalhânico, que considerou “uma boa ideia, mas que podia ter acrescentado muito mais valor. Pensa-se, idealiza-se, mas não se faz, tem sido assim em Ponte da Barca”, considerou a socialista.  

Os socialistas, pela voz do deputado Duarte Barbosa, criticou ainda o autarca acerca das zonas empresariais, afirmando que “foram criadas expectativas e até hoje nada, a não ser 2 outdoors” e pediu um ponto de situação ao autarca.  Criticou ainda a falta de iniciativa do executivo municipal relativamente aos 50 anos do Parque Nacional da Peneda Geres, onde a única “iniciativa que decorreu foi feita pelo Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca”.

Sobre as zonas empresariais, Augusto Marinho afirmou que “o PS fala, mas teve aqui 12 anos e nada fez, pois tinha terreno, projeto e financiamento e perdeu tudo”. Quanto à questão do Rodo, o autarca refere que “o processo expropriativo foi muito demorado” e deu ainda nota “de uma reunião com a com a Adega onde foi feito o ponto de situação” e adiantou ainda que em breve seguirá o relatório final da expropriação para o tribunal e depois disso apenas fica a faltar o loteamento, que também está a ser terminado e todo “o processo foi demorado mas está na reta final”.

Por seu lado, o PSD, pelo deputado Geraldo Reis, criticou o chumbo do “Loteamento da Nóbrega” na reunião do executivo, acusando os socialistas de “fazer uma política de mentira, pois isto não é para casas de luxo, o PS mentiu e este é um loteamento que vinha resolver um problema de habitação” no concelho.

Sobre a habitação, o PS questionou quanto seria o investimento da autarquia no programa 1º direito e afirmou ainda que “as obras no Bairro de Santo António” são suportadas pela autarquia apenas nos espaços que lhes pertencem. Augusto Marinho, referiu que a habitação “sempre foi uma prioridade” e que no programa do Governo 1º Direito, o investimento da autarquia é na ordem dos 100 mil euros, num total de cerca de 800 mil euros.

Relativamente aos protocolos com as juntas de freguesias, foram aprovados um total de cerca de 158 mil euros, para a realização de diversas obras. Na freguesia de Bravães, o apoio é de cerca de 25 mil euros, para obras de saneamento, na freguesia de Britelo o apoio é na ordem dos 35 mil euros e na União de Freguesias de Ponte da Barca, Paço Vedro de Magalhães e Vila Nova de Muía, é na ordem dos 49 mil euros. Já na União de freguesias de Crasto, Ruivos e Grovelas e na freguesia de Sampriz, os apoios são de 30 mil euros e 19 mil euros respetivamente, ambos para a realização de obras de alargamento no cemitério.

Sobre estes apoios, o deputado da CDU Afonso Graçoeiro, referiu que o partido “nada tem contra as freguesias, os apoios são importantes, mas esta não é a forma mais justa, mas sim transferências anuais de forma mais equitativa”. O PS corroborou a opinião de Afonso Graçoeiro e acrescentou que os apoios “não podem estar dependentes da capacidade de reivindicar dos autarcas”.   

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